Formação de professores indígenas: A universidade como território de resistência?

Os povos indígenas lidam com intervenções colonizadoras desde o século XVI, incluindo nesse rol a escola, implementada majoritariamente por políticas integracionistas. Porém, desde as décadas finais do século XX, intensificam processos de resistência, afirmam e recriam modos de vida, apropriando-se da escola e aliando-se a universidades, principalmente para a formação específica de seus professores. Este estudo aborda a formação inicial de professores indígenas na Licenciatura Intercultural Indígena - CLIND, curso desenvolvido pela Universidade Estadual de Alagoas, Brasil, em parceria com povos indígenas da região. Com um currículo diferenciado, a licenciatura intercultural diplomou 69 professores indígenas e já contempla a segunda turma, iniciada em 2019. Na análise de trabalhos de conclusão do curso, produzidos individualmente por alunos da primeira turma, é possível afirmar que, mesmo informados por parâmetros teórico-metodológicos acadêmicos, estes trabalhos aportam outras metodologias, modos próprios de escrever e de produzir conhecimentos, evidenciado a resistência indígena nos espaços acadêmicos. 

• Main Authors: Bergamaschi, María Aparecida, Leite, Angela Maria Araújo
• Format: info:eu-repo/semantics/article
• Language: por; spa
• Published: Instituto de Ciencias Antropológicas, Facultad de Filosofía y Letras, UBA 2022
• Subjects: Indigenous teacher training; Indigenous higher education; Interculturality; Indigenous resistance; CLIND; Formación de profesores indígenas; Educación superior indígena; Interculturalidad; Resistencia indígena; Formação de professores indígenas; Educação superior indígena; Interculturalidade; Resistência indígena
• Online Access: http://revistascientificas.filo.uba.ar/index.php/runa/article/view/9990