A performance na videopoesia: uma análise de Pessoa de Arnaldo Antunes.
O artigo tem como intuito analisar a performance no videopoema Pessoa, que está contido na obra Nome (2005) de autoria de Arnaldo Antunes. O que se apresenta nesta videopoesia é o próprio autor (Antunes), em off, que inicia uma análise morfo-sintática do texto. Mas tal análise choca não pelo inusita...
Main Authors: | , |
---|---|
Format: | conferenceObject |
Language: | por |
Published: |
2016
|
Subjects: | |
Online Access: | http://hdl.handle.net/11086/2398 |
_version_ | 1801211556763009024 |
---|---|
author | Da Silva Santos, Andreia Tavares Araújo, Érica |
author_facet | Da Silva Santos, Andreia Tavares Araújo, Érica |
author_sort | Da Silva Santos, Andreia |
collection | Repositorio Digital Universitario |
description | O artigo tem como intuito analisar a performance no videopoema Pessoa, que está contido na obra Nome (2005) de autoria de Arnaldo Antunes. O que se apresenta nesta videopoesia é o próprio autor (Antunes), em off, que inicia uma análise morfo-sintática do texto. Mas tal análise choca não pelo inusitado da situação que se desdobra, sobretudo porque ela embota o acompanhamento da leitura do poema, funciona como uma espécie de ruído, tanto do ponto de visto de uma entropia da recepção quanto pelo nonsense e o descabido na experiência da recepção habitual de um tal tipo de análise. A performance em Pessoa é a performance da escrita. O corpo de Antunes que se apresenta na tela não é mais o corpo do poeta, mas o corpo da escrita duplamente, enquanto passa, com tamanho privilegiado, e enquanto fica na parede como rabisco. O poema de Arnaldo Antunes problematiza este competência da performance ao jogar com a inabilidade do leitor em ler textos em movimento. Neste caso, a performance tem um caráter político na medida em que aguça no leitor a consciência de sua inabilidade para tal tipo de semiose contemporânea e o convida, indiretamente, para uma chamada de consciência sobre as novas e velhas maneiras de fazer signo e linguagem. Apesar de sua característica anárquica e de, na sua própria razão de ser, procurar escapar de rótulos e definições, o poema é antes de tudo uma expressão cênica: se um quadro sendo exibido para uma plateia não caracteriza uma performance; alguém pintando esse quadro, ao vivo, já poderia caracterizá-la, como afirma Cohen (2009), em Pessoa é a escrita que encena sua produção. Dessa forma, o que se pretende observar a performance no suporte videográfico aliada ao som, imagem e poesia. |
format | conferenceObject |
id | rdu-unc.2398 |
institution | Universidad Nacional de Cordoba |
language | por |
publishDate | 2016 |
record_format | dspace |
spelling | rdu-unc.23982020-06-02T04:17:18Z A performance na videopoesia: uma análise de Pessoa de Arnaldo Antunes. Da Silva Santos, Andreia Tavares Araújo, Érica arte de performance O artigo tem como intuito analisar a performance no videopoema Pessoa, que está contido na obra Nome (2005) de autoria de Arnaldo Antunes. O que se apresenta nesta videopoesia é o próprio autor (Antunes), em off, que inicia uma análise morfo-sintática do texto. Mas tal análise choca não pelo inusitado da situação que se desdobra, sobretudo porque ela embota o acompanhamento da leitura do poema, funciona como uma espécie de ruído, tanto do ponto de visto de uma entropia da recepção quanto pelo nonsense e o descabido na experiência da recepção habitual de um tal tipo de análise. A performance em Pessoa é a performance da escrita. O corpo de Antunes que se apresenta na tela não é mais o corpo do poeta, mas o corpo da escrita duplamente, enquanto passa, com tamanho privilegiado, e enquanto fica na parede como rabisco. O poema de Arnaldo Antunes problematiza este competência da performance ao jogar com a inabilidade do leitor em ler textos em movimento. Neste caso, a performance tem um caráter político na medida em que aguça no leitor a consciência de sua inabilidade para tal tipo de semiose contemporânea e o convida, indiretamente, para uma chamada de consciência sobre as novas e velhas maneiras de fazer signo e linguagem. Apesar de sua característica anárquica e de, na sua própria razão de ser, procurar escapar de rótulos e definições, o poema é antes de tudo uma expressão cênica: se um quadro sendo exibido para uma plateia não caracteriza uma performance; alguém pintando esse quadro, ao vivo, já poderia caracterizá-la, como afirma Cohen (2009), em Pessoa é a escrita que encena sua produção. Dessa forma, o que se pretende observar a performance no suporte videográfico aliada ao som, imagem e poesia. 2016-03-18T19:56:03Z 2016-03-18T19:56:03Z 2012 conferenceObject http://hdl.handle.net/11086/2398 por Atribución-NoComercial-SinDerivadas 2.5 Argentina http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/ar/ |
spellingShingle | arte de performance Da Silva Santos, Andreia Tavares Araújo, Érica A performance na videopoesia: uma análise de Pessoa de Arnaldo Antunes. |
title | A performance na videopoesia: uma análise de Pessoa de Arnaldo Antunes. |
title_full | A performance na videopoesia: uma análise de Pessoa de Arnaldo Antunes. |
title_fullStr | A performance na videopoesia: uma análise de Pessoa de Arnaldo Antunes. |
title_full_unstemmed | A performance na videopoesia: uma análise de Pessoa de Arnaldo Antunes. |
title_short | A performance na videopoesia: uma análise de Pessoa de Arnaldo Antunes. |
title_sort | performance na videopoesia uma analise de pessoa de arnaldo antunes |
topic | arte de performance |
url | http://hdl.handle.net/11086/2398 |
work_keys_str_mv | AT dasilvasantosandreia aperformancenavideopoesiaumaanalisedepessoadearnaldoantunes AT tavaresaraujoerica aperformancenavideopoesiaumaanalisedepessoadearnaldoantunes AT dasilvasantosandreia performancenavideopoesiaumaanalisedepessoadearnaldoantunes AT tavaresaraujoerica performancenavideopoesiaumaanalisedepessoadearnaldoantunes |