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A reforma universitária de 1918 e a extensão universitária na perspectiva da descolonização do pensamento latinoamericano
Os Estudos Pós-Coloniais Latino-Americanos surgem nas Américas dialogando com os movimentos de descolonização na Ásia e na África e a eles se somam os pensadores do movimento Modernidade/Colonialidade1 . “Questionam, dentre outras coisas, os sujeitos e o locus de enunciação; contestam a geopolítica...
Os Estudos Pós-Coloniais Latino-Americanos surgem nas Américas dialogando com os movimentos de descolonização na Ásia e na África e a eles se somam os pensadores do movimento Modernidade/Colonialidade1 . “Questionam, dentre outras coisas, os sujeitos e o locus de enunciação; contestam a geopolítica do conhecimento moderno e lutam contra a herança colonial que se funda na racialização e na racionalização, e se sedimenta na colonialidade.” (SILVA, 2013) Desvelam o legado epistemológico do eurocentrismo que inferioriza o pensamento produzido fora do continente europeu, impedindo os homens de compreender o mundo a partir de sua realidade e das epistemes que lhe são próprias. A invasão da América pelos povos ibéricos, depois por ingleses e franceses, instaurou uma matriz mundial de dominação fundamentada num processo de colonialismo e colonização das terras e da gente que nelas vivia. Forjou-se a ideia da Europa/Ocidente como o lugar ideal, cuja história local é descrita como história universal. Cria-se uma racialização em que o modelo é o homem branco-europeu-civilizado-cristão; o único capaz de produzir ciência, conhecimento e cultura. O processo de racialização hierarquizou as raças: o branco, superior, o índio e o negro como seres inferiores. Assim, se legitimou a invasão das Américas, a posse de suas terras, a espoliação de suas riquezas, a matança de sua gente.